À manhã,
o Sol começa a desabrochar,
como um broto de flor
que baila sobre o ar.
A vida festeja a ressurreição.
As plantas mostram seu brilho próprio,
os pássaros entoam uma festa,
e a vida sai de dentro da terra.
À tarde, a vida se desenvolveu,
a explosão de alegria passou.
As plantas quase cansam de brilhar,
pois o crescimento a energia dissipou.
Só o Sol a brilhar continuou.
E, no fim da tarde,
o Sol começa a falecer,
sangrando esperança na linha do horizonte.
A esperança de surgir outra vez.
Os pássaros cantam uma festa,
os pássaros cantam uma sarabanda,
eles cantam a festa de um lamento.
Lamentam a alegria da morte,
pois, após ela, a vida há de vir.
Todos sabem.
O amanhã há de surgir.
Paradoxo de um lamento by Richard Martin Souza is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License.
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