domingo, 20 de março de 2011

Emissário da Desgraça


extravaze o magnânimo contido.

Se solos inférteis em ti desferem o atroz
há de revirá-los - libertai teu ser feroz!

Quando teu Mega Therion se expandir
Behemothes e Leviathans imersos em poder
sentirão de si a fúria perecer.

E no auge de tua megalomania
terras mares luas ouvirão teu rugido
escalando os vulcões de Ares e Titã
que dirá o ultimato do cosmo.


"SOU DEUS.
NÃO LUTAI CONTRA SUA LIBERTAÇÃO.
VENHA PARA O INFERNO,
ASSIM CONHECERÁS A LUZ
ATRAVÉS DO INCÊNDIO ETERNO
QUE DILACERA A ALMA DE TEUS IRMÃOS,
A LUZ FINAL DO DESTINO.

VENHA PARA MIM, VENHA PARA SUA CASA.
A MINHA LUZ É O SEU LAR,
É ME SERVIR NAS LABAREDAS QUE INFLAMAM
AS CINZAS DE SUA MISERÁVEL VIDA."


No instante, a plebe conhecerá tua face estranha.
Então, junto às estrelas, descenderá tua Vênus pelos céus
para ser, eternamente, o Portador da Luz.

Encerrada a batalha, tua luz será selada,
sob as profundezas dos continentes,
por Behemoth e Leviathan.


segunda-feira, 7 de março de 2011

Solitária pelo Amor

Toda a profundidade do oceano
contempla os pés de minha solidão,
meu veleiro fantasma.

Há mil anos procuro sua costa...
seu litoral. O lugar onde eu possa
abarcar minha alma e fugir
do frio cortante dos mares.

Nesses horizontes tão vastos...
em que continente estarás?
Vidas vão, vidas vem,
continuarei nossa busca
até o fim da eternidade.

Por você, que nunca encontrei,
mas de quem, no entanto, tão presente
é o acalanto! Que tanto amarei...

Preciso das tuas areias, do Sol do teu verão.
Meu pálido véu de noiva precisa
do dourado do teu pôr-do-Sol 
para assumir sua beleza.
Das tuas brisas, tuas maresias...
para se esvoaçar nos céus doravante abertos.

E, por isso, te persigo
pelo mundo, sozinha,
até o dia em que a Lua anunciará
tua morte, nossa morte, em meu seio...
e o cinza nublado se dissipará.
Nossa fundição astral.

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"I seek your coast
Your horizon...
Whispering fingertips
On dripping skin...

Feeble questions

Sounds from my throat"

(The 3rd And The Mortal)



quarta-feira, 2 de março de 2011

Azulão

Vai, Azulão,
Azulão, companheiro, vai!
Vai ver minha ingrata.
Diz que sem ela
o sertão não é mais sertão!
Ai! Voa, Azulão,
vai contar, companheiro, vai!...

(Manuel Bandeira)