quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Miragem astral

A terra cheia de folhas.
Vermelhas, amarelas,
uns remanescentes verdes do verão.

O céu escasso.
Mal se vê a luz que invade,
sutil, a atmosfera gelada e úmida.

Mergulhei na umidez
da floresta enterrada,
cova soterrada pelo ciclo de estações.

Há um lago
de espíritos de floras
abaixo do manto opaco da visão.

Está em todo lugar.
No céu, na terra, no luar...
O Sol é espelho que reflete minha vida.
Espelha e amplifica impulsos da noite.

Voltei à superfície
da floresta fantasma.
Espíritos de floras refletidos nas nuvens.

Vento de assovios,
derrama folhas no solo,
que escondem sob a terra
os remanescentes de uma vida negra,
já pálida primavera.



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