segunda-feira, 12 de julho de 2010

Sino

Talha o rezar vindouro
da tsunami de fiéis.

Está dada a largada.
Até o Sol se curva
perante o estribrilho
do prelúdio.

Uma saudade se agita
no interior da catedral.
Uma saudade-câncer,
um mergulho em absinto,
uma vertigem lancinante,
uma serra estripadora.

Um torpor soturno
os remete à maior Luz.
A trilha flamejante
dá lugar a águas rasas.

Os fiéis, lentamente,
se dirigem à Catedral.
A mais extraordinária experiência humana
já tem seu território espaço-temporal deflagrado.

Pelos sinos.


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Sino de Richard Martin Souza é licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike.
Based on a work at lacatedraldasletras.blogspot.com.

Um comentário:

  1. Gostei do que li por aqui. Estou seguindo seu blog. Abraço forte. Fábio Cezar
    Passa lá e baixa meu livrinho: http://fabiocezar.blogspot.com

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