No fundo de qualquer mar
sempre está o celacanto a flanar,
andando e nadando e voando
no ritmo em que bem quiser navegar.
Assim, sem perder o encanto.
Não há paredes ou calçadas.
O oceano é uma avenida sem trânsito
e sem os murmúrios transeuntes.
O silêncio de sua idade
- uma era vasta tal qual o mar-,
pesa em seu corpo,
mas é vital à sua nobreza.
Só há o celacanto lá.
Sua onipresença é elusiva,
eslúvia na matiz lasciva
do abismo marítimo.
Alguém despertaria tamanho misticismo e beleza quanto um celacanto?
Nenhum humano, na certa.
Celacanto de Richard Martin Souza é licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike.
Based on a work at lacatedraldasletras.blogspot.com.
segundo o wagner "o mar e um deserto"
ResponderExcluirOs oceanos não são euclidianos!
ResponderExcluirPrefiro a mística dos polvos que hipnotizam. O celacanto é só um peixe - um peixe bonito, deveras, mas um peixe; a mística dele vem por acreditarmos que ele é antigo. Mas as baratas são ainda mais antigas, mas sem nenhuma beleza, misticismo, conforto, elegância ou estilo.
Mas a terra firme também não é euclidiana =P
ResponderExcluirE polvos não são líricos o suficiente.
Baratas até são, mas tem exoesqueleto. É esquisito.
e dai? exoesqueletos podem ser legais se voce souber trata-los bem =)
ResponderExcluirvai me dizer que voce nunca achou fofinho uma barata branca?
kkkkkkkkkk
Fofinha não sei, mas deve ser deliciosa de se esmagar com o chinelo.
ResponderExcluirNão sei se isso se enquadra na sua concepção de "tratá-los bem".