Sou uma parte da onda.
Minhas nadadeiras são as brisas.
Céu cristalino e mares tão azuis-escuros...
espectadores onipresentes da jornada sem fim
à alma do mundo.
Deus, onde estará minha morada?
"Não se esconde atrás daquela cascata,
nem sob os lençóis da areia calma.
Seu destino é o alto-mar".
E minha jangada sem fim
se lançou aos sete mares.
E foi em pleno Nada,
um ponto perdido nos horizontes,
que senti o Tudo da mãe Terra.
Em seu berço marítimo,
tornei-me uno a seu amor,
um amor tão azul e tão capaz
de abarcar o mundo inteiro num azul sem fim.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
sexta-feira, 1 de abril de 2011
O Mendigo
Desde cedo,
jogado às baratas.
Sem sossego,
mordido... as traças.
Mas naquela alma há um coração...
As pessoas, apressadas...
você está morto, para elas.
Sonhos com fadas,
e, à espreita, a morte e sua cela.
Mas naquela alma bate um coração...
As lágrimas austeras,
canto tântrico taciturno,
exprimem o fundo de sua depressão.
A vida roubou sua fé... foi-se em vão.
Mas naquela alma sofre um coração...
Lágrimas ao chão...
Ai!
Eu que sempre o acompanhei,
eu que sempre o quis abrigar,
enfim, em seu corpo, me infiltrarei.
A maioria teme meu flamejar,
pois desconhece minha face mais cândida.
Pois, naquela alma, explode um coração.
Libertar-te-ei de sua tortura.
Quando estiveres pronto,
evoque meu nome:
Anjo da Morte.
jogado às baratas.
Sem sossego,
mordido... as traças.
Mas naquela alma há um coração...
As pessoas, apressadas...
você está morto, para elas.
Sonhos com fadas,
e, à espreita, a morte e sua cela.
Mas naquela alma bate um coração...
As lágrimas austeras,
canto tântrico taciturno,
exprimem o fundo de sua depressão.
A vida roubou sua fé... foi-se em vão.
Mas naquela alma sofre um coração...
Lágrimas ao chão...
Ai!
Eu que sempre o acompanhei,
eu que sempre o quis abrigar,
enfim, em seu corpo, me infiltrarei.
A maioria teme meu flamejar,
pois desconhece minha face mais cândida.
Pois, naquela alma, explode um coração.
Libertar-te-ei de sua tortura.
Quando estiveres pronto,
evoque meu nome:
Anjo da Morte.
domingo, 20 de março de 2011
Emissário da Desgraça
VÁ
extravaze o magnânimo contido.
Se solos inférteis em ti desferem o atroz
há de revirá-los - libertai teu ser feroz!
Quando teu Mega Therion se expandir
Behemothes e Leviathans imersos em poder
sentirão de si a fúria perecer.
E no auge de tua megalomania
terras mares luas ouvirão teu rugido
escalando os vulcões de Ares e Titã
que dirá o ultimato do cosmo.
No instante, a plebe conhecerá tua face estranha.
Então, junto às estrelas, descenderá tua Vênus pelos céus
para ser, eternamente, o Portador da Luz.
Encerrada a batalha, tua luz será selada,
sob as profundezas dos continentes,
por Behemoth e Leviathan.
extravaze o magnânimo contido.
Se solos inférteis em ti desferem o atroz
há de revirá-los - libertai teu ser feroz!
Quando teu Mega Therion se expandir
Behemothes e Leviathans imersos em poder
sentirão de si a fúria perecer.
E no auge de tua megalomania
terras mares luas ouvirão teu rugido
escalando os vulcões de Ares e Titã
que dirá o ultimato do cosmo.
"SOU DEUS.
NÃO LUTAI CONTRA SUA LIBERTAÇÃO.
VENHA PARA O INFERNO,
ASSIM CONHECERÁS A LUZ
ATRAVÉS DO INCÊNDIO ETERNO
QUE DILACERA A ALMA DE TEUS IRMÃOS,
A LUZ FINAL DO DESTINO.
VENHA PARA MIM, VENHA PARA SUA CASA.
A MINHA LUZ É O SEU LAR,
É ME SERVIR NAS LABAREDAS QUE INFLAMAM
AS CINZAS DE SUA MISERÁVEL VIDA."
No instante, a plebe conhecerá tua face estranha.
Então, junto às estrelas, descenderá tua Vênus pelos céus
para ser, eternamente, o Portador da Luz.
Encerrada a batalha, tua luz será selada,
sob as profundezas dos continentes,
por Behemoth e Leviathan.
segunda-feira, 7 de março de 2011
Solitária pelo Amor
Toda a profundidade do oceano
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contempla os pés de minha solidão,
meu veleiro fantasma.
Há mil anos procuro sua costa...
seu litoral. O lugar onde eu possa
abarcar minha alma e fugir
do frio cortante dos mares.
Nesses horizontes tão vastos...
em que continente estarás?
Vidas vão, vidas vem,
continuarei nossa busca
até o fim da eternidade.
Por você, que nunca encontrei,
mas de quem, no entanto, tão presente
é o acalanto! Que tanto amarei...
Preciso das tuas areias, do Sol do teu verão.
Meu pálido véu de noiva precisa
do dourado do teu pôr-do-Sol
para assumir sua beleza.
Das tuas brisas, tuas maresias...
para se esvoaçar nos céus doravante abertos.
E, por isso, te persigo
pelo mundo, sozinha,
até o dia em que a Lua anunciará
tua morte, nossa morte, em meu seio...
e o cinza nublado se dissipará.
Nossa fundição astral.
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"I seek your coast
Your horizon...
Whispering fingertips
On dripping skin...
Feeble questions
Sounds from my throat"
(The 3rd And The Mortal)
quarta-feira, 2 de março de 2011
Azulão
Vai, Azulão,
Azulão, companheiro, vai!
Vai ver minha ingrata.
Diz que sem ela
o sertão não é mais sertão!
Ai! Voa, Azulão,
vai contar, companheiro, vai!...
(Manuel Bandeira)
Azulão, companheiro, vai!
Vai ver minha ingrata.
Diz que sem ela
o sertão não é mais sertão!
Ai! Voa, Azulão,
vai contar, companheiro, vai!...
(Manuel Bandeira)
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Verão de novas brisas
Na beira da praia,
olhava para o nada,
o Tudo.
Na beira da praia,
sentia a brisa enxaguar
minha Alma.
Sentia a brisa da praia
olhar para o nada
de meu Ser.
Sentia seus olhares
enxaguando a praia,
enxaguando Tudo.
Sentia a brisa
varrendo os horizontes
do nada em minha Alma.
Sentia meus horizontes
mergulharem no nada
daquele Tudo.
Na beira do Ser,
sentia uma nova Estação
mergulhar nos horizontes.
Na beira da praia,
olhava para o nada.
Via o pôr-do-sol.
olhava para o nada,
o Tudo.
Na beira da praia,
sentia a brisa enxaguar
minha Alma.
Sentia a brisa da praia
olhar para o nada
de meu Ser.
Sentia seus olhares
enxaguando a praia,
enxaguando Tudo.
Sentia a brisa
varrendo os horizontes
do nada em minha Alma.
Sentia meus horizontes
mergulharem no nada
daquele Tudo.
Na beira do Ser,
sentia uma nova Estação
mergulhar nos horizontes.
Na beira da praia,
olhava para o nada.
Via o pôr-do-sol.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Mais maconha
Papel de fogo
tomei um toco
astro de rock
só se fuck
subi na pedra
da Maria Esperta
e acendi uma fogueira
comi a sereia sem pé nem cabeça
do Gato de Botas.
Sobe a escada
do topo da rua
e mergulha na piscina
a merda é tua
a pedra do rock
do topo do toco.
Sentai no varal
que vira mingau
esperneia na teia
que se engole mosquito
na casca da aranha.
tomei um toco
astro de rock
só se fuck
subi na pedra
da Maria Esperta
e acendi uma fogueira
comi a sereia sem pé nem cabeça
do Gato de Botas.
Sobe a escada
do topo da rua
e mergulha na piscina
a merda é tua
a pedra do rock
do topo do toco.
Sentai no varal
que vira mingau
esperneia na teia
que se engole mosquito
na casca da aranha.
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