quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Soneto à Bondade da Lua

A bela flor do monte
ofusca a noite escura.*
Resplandesce, angélica, diante
da treva e de suas brumas.

O som de tensão é a vestal
para o lento dissipar da nuvem.
No negro profundo e virgem
desperta um farol ancestral.

Sobre um vale de sombras e lamentos,
erguem-se astros livres dos tormentos
que floresceram em nosso passado.

E o contemplar da imagem violenta
reverbera, cura a alma pestilenta.
Seu facho é, enfim, resgatado.

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* Versos de Jesus, do grupo musical Vozes e Acordes.

2 comentários:

  1. Muito bom Dionisio, acho que esse vou lembrar pra sempre!

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  2. Segunda Médica Favorita25 de março de 2012 às 08:49

    Amigo Dinonísio das horas incertas,

    Amigo certo das horas em que visito teu mundo de incertezas e versos, pra encontrar o meu.
    Muitas vezes já confabulamos silenciosamente; Eu, na contemplação indolente de teu descarrilho poético; Tu, no transbordar mais autêntico de teu sangue-poesia: congraça-me, toda vez, com alguma beleza vertida.
    Hoje a beleza se transformou em espanto e ternura. Ternura por versos tão doces; Doces como a bondade da lua.
    Minha palavra hoje, Dionísio, é beleza. Gratidão pelo suspenso minuto da leitura de tua alma.

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