domingo, 2 de janeiro de 2011

Emissária da Liberdade

Lá vem ela,
com seu olhar de pilar
que sustenta a torre
da cidadela.

Lá vem ela, com seus olhos castanhos,
pretos como a luz do dia,
lentos como furacões,
em meio ao silêncio dos trovões.

Lá vem ela,
em seu corpo flamejante,
de branco solar.
Magnetismo pulsante.

Lá vem ela,
imersa no manto negro,
cachoeira à noite,
de seus cabelos.

Lá vem ela, com sua voz lapidada,
diamante que subjuga
à lápide as outras,
semi-preciosas.

Lá vem ela,
com sua essência clandestina
que emudece a natureza;
entorpece à alteza os sentidos.

Lá vem ela,
com seu sorriso manhoso,
de quem procura um lar.
Venha pular em meus jardins!

Lá vem ela,
com suas asas rapsódicas.
Escrever histórias pelos céus,
ou, num véu, desaparecer de mim.

Lá vem ela, ela que,
a cada encontro, em sua trilha
arrasta meus olhares.
Pelos pilares do céu querem planar.
Junto dela, às trilhas do Sol,
aos panoramas da liberdade!

Nenhum comentário:

Postar um comentário