Uma reflexão sobre a arte.
Pintou-se o quadro,
enquadrou-se a pintura.
Emoldurou-se a doçura
e adoçou-se a moldura.
Inserem-se os porquês
e a arte se desfaz.
Retiram-se os porquês
e a arte se (in)explica.
Pintou-se o gênesis,
gerou-se a pintura.
Armou-se o deus
e endeusou-se a armadura.
Insere-se a razão
e a arte se esgota.
Insere-se a emoção
e a arte se inicia.
Estoura uma bomba,
e nova arte se cria.
Se avoa uma pomba,
e nova arte se cria.
Se existe alguma sombra,
a arte lá impera.
Se a luz do dia impera,
o impressionista lá pondera.
Clareou-se a orquestra
e orquestrou-se o clarão.
Ampliou-se a festa,
festejou-se a amplidão.
Pintou-se a viola,
violou-se a pintura.
Eternizou-se a forma,
formou-se a (e)ternura.
Um quadro fixo no muro,
mas um vetor sem sentido.
Será uma cópia do mundo,
ou uma performance do instinto?
Se a arte invoca
os verbos de tua alma,
não tente explicá-la com
tua boca de carne morta.
Um quadro na parede by Richard Martin Souza is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License.
Based on a work at lacatedraldasletras.blogspot.com.
Ai ai ai aiiiii
ResponderExcluiradoreeeeeii e olha q sabe q sou exigente...Muito bom mesmo tuas coisas ;))
Obrigada pela dica