quarta-feira, 18 de maio de 2011
terça-feira, 10 de maio de 2011
Cárcere Das Almas
Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,
Soluçando nas trevas, entre as grades
Do calabouço olhando imensidades,
Mares, estrelas, tardes, natureza.
Tudo se veste de uma igual grandeza
Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e, sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo o Espaço da Pureza.
Ó almas presas, mudas e fechadas
Nas prisões colossais e abandonadas,
Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!
Nesses silêncios solitários, graves,
que chaveiro do Céu possui as chaves
para abrir-vos as portas do Mistério?!
(Cruz e Sousa)
Soluçando nas trevas, entre as grades
Do calabouço olhando imensidades,
Mares, estrelas, tardes, natureza.
Tudo se veste de uma igual grandeza
Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e, sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo o Espaço da Pureza.
Ó almas presas, mudas e fechadas
Nas prisões colossais e abandonadas,
Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!
Nesses silêncios solitários, graves,
que chaveiro do Céu possui as chaves
para abrir-vos as portas do Mistério?!
(Cruz e Sousa)
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Sopro da Revelação
Ventos das arábias,
o que trazem para mim?
Serão os anúncios, enfim,
de que já se acabou esta era,
era de falácias?
Ventos das montanhas,
sibilem nestes ouvidos milenares,
que almejam o fim dos humanos pesares,
sobre a chegada da promessa
do mundo da boa-aventurança.
Ventos do sub-mundo escondido
sob o manto da consciência,
façam-me a Revelação autêntica
da vida que há num horizonte perdido.
o que trazem para mim?
Serão os anúncios, enfim,
de que já se acabou esta era,
era de falácias?
Ventos das montanhas,
sibilem nestes ouvidos milenares,
que almejam o fim dos humanos pesares,
sobre a chegada da promessa
do mundo da boa-aventurança.
Ventos do sub-mundo escondido
sob o manto da consciência,
façam-me a Revelação autêntica
da vida que há num horizonte perdido.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Ágape da Terra
Sou uma parte da onda.
Minhas nadadeiras são as brisas.
Céu cristalino e mares tão azuis-escuros...
espectadores onipresentes da jornada sem fim
à alma do mundo.
Deus, onde estará minha morada?
"Não se esconde atrás daquela cascata,
nem sob os lençóis da areia calma.
Seu destino é o alto-mar".
E minha jangada sem fim
se lançou aos sete mares.
E foi em pleno Nada,
um ponto perdido nos horizontes,
que senti o Tudo da mãe Terra.
Em seu berço marítimo,
tornei-me uno a seu amor,
um amor tão azul e tão capaz
de abarcar o mundo inteiro num azul sem fim.
Minhas nadadeiras são as brisas.
Céu cristalino e mares tão azuis-escuros...
espectadores onipresentes da jornada sem fim
à alma do mundo.
Deus, onde estará minha morada?
"Não se esconde atrás daquela cascata,
nem sob os lençóis da areia calma.
Seu destino é o alto-mar".
E minha jangada sem fim
se lançou aos sete mares.
E foi em pleno Nada,
um ponto perdido nos horizontes,
que senti o Tudo da mãe Terra.
Em seu berço marítimo,
tornei-me uno a seu amor,
um amor tão azul e tão capaz
de abarcar o mundo inteiro num azul sem fim.
sexta-feira, 1 de abril de 2011
O Mendigo
Desde cedo,
jogado às baratas.
Sem sossego,
mordido... as traças.
Mas naquela alma há um coração...
As pessoas, apressadas...
você está morto, para elas.
Sonhos com fadas,
e, à espreita, a morte e sua cela.
Mas naquela alma bate um coração...
As lágrimas austeras,
canto tântrico taciturno,
exprimem o fundo de sua depressão.
A vida roubou sua fé... foi-se em vão.
Mas naquela alma sofre um coração...
Lágrimas ao chão...
Ai!
Eu que sempre o acompanhei,
eu que sempre o quis abrigar,
enfim, em seu corpo, me infiltrarei.
A maioria teme meu flamejar,
pois desconhece minha face mais cândida.
Pois, naquela alma, explode um coração.
Libertar-te-ei de sua tortura.
Quando estiveres pronto,
evoque meu nome:
Anjo da Morte.
jogado às baratas.
Sem sossego,
mordido... as traças.
Mas naquela alma há um coração...
As pessoas, apressadas...
você está morto, para elas.
Sonhos com fadas,
e, à espreita, a morte e sua cela.
Mas naquela alma bate um coração...
As lágrimas austeras,
canto tântrico taciturno,
exprimem o fundo de sua depressão.
A vida roubou sua fé... foi-se em vão.
Mas naquela alma sofre um coração...
Lágrimas ao chão...
Ai!
Eu que sempre o acompanhei,
eu que sempre o quis abrigar,
enfim, em seu corpo, me infiltrarei.
A maioria teme meu flamejar,
pois desconhece minha face mais cândida.
Pois, naquela alma, explode um coração.
Libertar-te-ei de sua tortura.
Quando estiveres pronto,
evoque meu nome:
Anjo da Morte.
domingo, 20 de março de 2011
Emissário da Desgraça
VÁ
extravaze o magnânimo contido.
Se solos inférteis em ti desferem o atroz
há de revirá-los - libertai teu ser feroz!
Quando teu Mega Therion se expandir
Behemothes e Leviathans imersos em poder
sentirão de si a fúria perecer.
E no auge de tua megalomania
terras mares luas ouvirão teu rugido
escalando os vulcões de Ares e Titã
que dirá o ultimato do cosmo.
No instante, a plebe conhecerá tua face estranha.
Então, junto às estrelas, descenderá tua Vênus pelos céus
para ser, eternamente, o Portador da Luz.
Encerrada a batalha, tua luz será selada,
sob as profundezas dos continentes,
por Behemoth e Leviathan.
extravaze o magnânimo contido.
Se solos inférteis em ti desferem o atroz
há de revirá-los - libertai teu ser feroz!
Quando teu Mega Therion se expandir
Behemothes e Leviathans imersos em poder
sentirão de si a fúria perecer.
E no auge de tua megalomania
terras mares luas ouvirão teu rugido
escalando os vulcões de Ares e Titã
que dirá o ultimato do cosmo.
"SOU DEUS.
NÃO LUTAI CONTRA SUA LIBERTAÇÃO.
VENHA PARA O INFERNO,
ASSIM CONHECERÁS A LUZ
ATRAVÉS DO INCÊNDIO ETERNO
QUE DILACERA A ALMA DE TEUS IRMÃOS,
A LUZ FINAL DO DESTINO.
VENHA PARA MIM, VENHA PARA SUA CASA.
A MINHA LUZ É O SEU LAR,
É ME SERVIR NAS LABAREDAS QUE INFLAMAM
AS CINZAS DE SUA MISERÁVEL VIDA."
No instante, a plebe conhecerá tua face estranha.
Então, junto às estrelas, descenderá tua Vênus pelos céus
para ser, eternamente, o Portador da Luz.
Encerrada a batalha, tua luz será selada,
sob as profundezas dos continentes,
por Behemoth e Leviathan.
segunda-feira, 7 de março de 2011
Solitária pelo Amor
Toda a profundidade do oceano
-----------------------------------------
contempla os pés de minha solidão,
meu veleiro fantasma.
Há mil anos procuro sua costa...
seu litoral. O lugar onde eu possa
abarcar minha alma e fugir
do frio cortante dos mares.
Nesses horizontes tão vastos...
em que continente estarás?
Vidas vão, vidas vem,
continuarei nossa busca
até o fim da eternidade.
Por você, que nunca encontrei,
mas de quem, no entanto, tão presente
é o acalanto! Que tanto amarei...
Preciso das tuas areias, do Sol do teu verão.
Meu pálido véu de noiva precisa
do dourado do teu pôr-do-Sol
para assumir sua beleza.
Das tuas brisas, tuas maresias...
para se esvoaçar nos céus doravante abertos.
E, por isso, te persigo
pelo mundo, sozinha,
até o dia em que a Lua anunciará
tua morte, nossa morte, em meu seio...
e o cinza nublado se dissipará.
Nossa fundição astral.
-----------------------------------------
"I seek your coast
Your horizon...
Whispering fingertips
On dripping skin...
Feeble questions
Sounds from my throat"
(The 3rd And The Mortal)
Assinar:
Postagens (Atom)