Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,
Soluçando nas trevas, entre as grades
Do calabouço olhando imensidades,
Mares, estrelas, tardes, natureza.
Tudo se veste de uma igual grandeza
Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e, sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo o Espaço da Pureza.
Ó almas presas, mudas e fechadas
Nas prisões colossais e abandonadas,
Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!
Nesses silêncios solitários, graves,
que chaveiro do Céu possui as chaves
para abrir-vos as portas do Mistério?!
(Cruz e Sousa)
Nossa, este post me lembrou como é gostoso rimar, faz tempo que não escrevo poemas que rimam bonito assim... acho que vou fazer um soneto...
ResponderExcluirLibertando Cruz e Sousa dos livros empoeirados e atirando o cara na net!
Bravo!
http://phebbo.blogspot.com/
Saturno é um dos meus planetas preferidos, mas atualmente estou indo mais a Marte, por ser mais divertido.
ResponderExcluirTiro muitas fotos interessantes nessas viagens interplanetárias.
É impressionante o talento que você tem...A suavidade dos versos e ao mesmo tempo tão desacreditado.
ResponderExcluirLindo.
Parabéns.
Misunderstood