terça-feira, 12 de novembro de 2013

Anfitriã e Convidado

Eis o manto dessa grande mata verde
Toque o chão com pés descalços
Cheire as flores no quintal

Gosto do odor que nos trazem, os ventos
Lindo, o riacho corrente
Glória à montanha solene

Entre em minha casa, veja a sala, o quarto, estantes
Veja que lugar escuro
O café é o meu amigo

Luzes e sombras dão o tom de sua voz
Grandes contrastes que eu amo
Sabedorias vertendo dos ares

Aqui estive, amor, sozinha, o céu nublado
Não roguei por ti, pra amar
Mas a casa fez-se um templo

Acenda um incenso e estarei bem bem-vindo
Sou qual fumaça e me espalho
Não sou amor convidado

Vem deitar o amor aqui na cama, que tem febre
As paredes falam, clamam
Por mim, eterna anfitriã

Por nós que deixamos abertas
As portas pra vida impossível

Por ti que acolhe a história minha
E agora prosa em novos álbuns

Forças que beiram o fim, a loucura...
Te empurraram ao meu mundo!
Universo, luz, estrelas
Trazem augúrios da busca infinita.

Vem viajar nas vertigens do Ser
Cancele aquele dia tolo!
Eu te amo! Vem bastar
Fazer meu mundo ser o seu!
Anfitriã, do seu  mundo me alago.
Como eu o amei! Como eu o amei!

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